quarta-feira, 17 de abril de 2013

O planeta Mercúrio



É o menor e o mais interno planeta do Sistema solar, demorando 87,969 dias terrestres a completar uma volta em torno do Sol. A órbita de Mercúrio tem a maior excentricidade e a menor inclinação axial de todo o sistema solar, completando três rotações sobre seu eixo a cada duas órbitas.
A sua aparência é brilhante quando observado da Terra. Uma vez que Mercúrio normalmente se perde no intenso brilho solar, excepto em eclipses solares, só pode ser observado a olho nu durante a manhã ou crepúsculo vespertino.
Comparado com outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercúrio, pois os telescópios em solo terrestre revelam apenas uma crescente iluminada com detalhes limitados. As duas primeiras naves espaciais a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a Messenger, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008. Um sobrevoo final está agendado para 2011, e irá avaliar e cartografar todo o planeta.
Mercúrio tem uma aparência similar à lunar com crateras de impacto e planícies lisas, sem satélites naturais e sem atmosfera substancial. Entretanto ao contrário da Lua, possui uma grande quantidade de ferro no núcleo que gera um campo magnético quase 1% tão forte quanto o terrestre. É um planeta excepcionalmente denso devido ao tamanho relativo de seu núcleo. A sua temperatura na superfície varia de 90 a 700 K (-183 °C a 427 °C).
Mercúrio é um dos quatro planetas telúricos do Sistema Solar, e seu corpo é rochoso, como a Terra. É o menor planeta do sistema solar, com um raio equatorial de 2.439,7 km.
Mercúrio chega a ser menor que dois dos maiores satélites naturais do sistema solar, as luas Ganimedes e Titã, embora seja mais massivo. O planeta é formado por aproximadamente 70% de material metálico e 30% de silicatos. A sua densidade é a segunda maior do sistema solar com 5,427 g/cm³, um pouco menor apenas do que a terrestre com 5,515 g/cm³. Se o efeito da compressão gravitacional fosse ponderado, os mateiais constituintes de Mercúrio seriam mais densos, com uma densidade não comprimida de 5,3 g/cm³ contra a terrestre de 4,4 g/cm³.
A densidade de Mercúrio pode ser utilizada para inferir detalhes sobre a sua estrutura interna. Enquanto a alta densidade terrestre resulta da apreciável compressão gravitacional particularmente no núcleo planetário, Mercúrio é muito menor, não sendo as suas regiões internas tão fortemente comprimidas. Portanto, para ter a densidade que apresenta, o seu núcleo deve ser relativamente maior e rico em ferro.
Os geólogos estimam que o núcleo de Mercúrio ocupe aproximadamente 42% do seu volume, enquanto que o núcleoo terrestre ocupa uma proporção de 17%. Pesquisas recentes sugerem que o seu núcleo seja fundido.
O núcleo, com um diâmetro de cerca de 3600 km, é cercado por um manto com 700 km de espessura constituído de silicatos. Baseado nos dados da missão da Mariner 10 e de observações terrestres, a crosta planetária é deverá ter entre 100 a 300 km de espessura. Um dos detalhes distintos da superfície do planeta é a presença de numerosas cristas estreitas que se podem estender por centenas de quilômetros. Acredita-se que tenham sido formadas durante o arrefecimento do núcleo e do manto e sofreram contração devido ao facto da crosta já se encontrar solidificada.
O núcleo de Mercúrio tem um teor de ferro maior que qualquer outro planeta no sistema solar, e várias teorias tem sido propostas para explicar esta característica. A mais amplamente aceite sugere que Mercúrio tinha originalmente uma razão metal/silicato similar a meteoros condritos, considerados como matéria-prima do sistema solar, e uma massa aproximadamente 2,25 vezes a atual. Entretanto, na história recente do sistema solar, o planeta pode ter sido chocado por um planetesimal de aproximadamente um sexto de sua massa e várias centenas de quilômetros. Este impacto pode ter removido grande parte da crosta e manto original, deixando o núcleo como o componente maioritário. Um processo similar tem sido sugerido para explicar a formação da Lua.
Outra teoria sugere que Mercúrio tenha sido formado da nebulosa solar antes que a energia solar se tenha estabilizado. O planeta teria inicialmente duas vezes a massa atual, mas à medida que o proto-Sol contraiu, as temperaturas perto de Mercúrio estariam entre 2 500 e 3 500 K , possivelmente até superiores a 10 000 K. Parte da superfície rochosa do planeta teria sido vaporizada a tais temperaturas, formando uma atmosfera de "vapor de rocha" que teria sido levada pelo vento solar.
Uma terceira hipótese sugere que a nebulosa solar arrastou as partículas que Mercúrio tinha acretando, o que significa que as partículas leves foram perdidas do material acretante. Cada uma destas hipóteses prediz uma composição da superfície diferente e as duas próximas missões, MESSENGER e BepiColombo, tem como objetivo fazer observações para verificar sua constituição.


Fonte: http://www.explicatorium.com/quimica/Planeta_Mercurio.php

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